Num mundo que cada vez mais é uma “aldeia global”, e onde se comunica mais e mais com outros países, quer seja por lazer, estudos ou negócios, a capacidade de se fazer entender e de entender o outro é, mais do que nunca, algo útil, necessário e desejável.
O turismo nunca movimentou tantas pessoas, quer em número de viajantes, quer em trabalhadores ligados direta ou indiretamente à indústria.
O mesmo se pode dizer dos intercâmbios de estudantes, alguns no ensino secundário mas a maioria no ensino superior, como no caso do programa Erasmus.
E o que dizer dos mercados cada vez mais inovadores, internacionais e competitivos, em que a mais pequena vantagem, como o conhecimento de línguas estrangeiras, pode ser a diferença entre fechar ou perder um negócio?

O turismo enquanto indústria global

Ainda há poucos anos, em termos significativos, eram poucas as nacionalidades que visitavam Portugal em turismo e, quase sempre, com umas bases, poucas, de inglês, francês ou espanhol era possível comunicar com os cidadãos estrangeiros para dar algumas indicações ou para algum esclarecimento em situação profissional.
Hoje em dia, no entanto, é cada vez mais importante fazer a diferença em relação à concorrência, para oferecer um serviço de excelência que faça o turista optar por ele, em vez de um outro – e várias cidades portuguesas são exemplo claro disso, como Lisboa e Porto.
São muitas as ocasiões e as profissões em que é necessário saber comunicar com total à-vontade numa língua estrangeira.
Desde guias turísticos a empregados de mesa, de rececionistas de hotel a motoristas, são muitas as pessoas que hoje investem na formação de línguas para desenvolverem competências que as distingam, de forma positiva, dos restantes profissionais da sua área.
Já para não falar dos menus dos restaurantes, tantas vezes repletos de erros. A gastronomia portuguesa é mundialmente apreciada e é preciso apresentá-la com qualidade. Donos e gerentes de restaurantes, e mesmo tradutores, apostam na formação de línguas porque a qualidade de serviço é quase sempre reconhecida e recompensada.

O intercâmbio de estudantes

Os vinte e oito Estados-Membros da União Europeia (UE) englobam atualmente cerca de 500 milhões de habitantes e incluem vinte e quatro línguas oficias, algumas delas com elevada expressão internacional, como é o caso do inglês (mesmo depois do Brexit a Irlanda ainda estará presente na União Europeia), do francês, do alemão, do espanhol e mesmo do português.
Um dos objetivos da Comissão Europeia é proporcionar aos cidadãos da UE a capacidade de se exprimirem em pelo menos uma língua para além da sua língua materna.
Programas de intercâmbio como o Erasmus proporcionam tais oportunidades para que os jovens possam ter contacto com outras culturas e línguas.
Mas não só os jovens estudantes usufruem da formação de línguas. Pessoal das universidades, desde professores a pessoal administrativo, beneficia deste tipo de formação para facilitar e enriquecer a comunicação com os alunos internacionais e melhor preparar os seus alunos para intercâmbios futuros.

O mercado global

Não só do turismo vive a economia, e os atuais valores, muito encorajadores, das exportações nacionais só podem servir de incentivo à formação de línguas, pois o contacto com clientes estrangeiros está num nível nunca antes visto.
Enquanto o inglês continua a ser a língua franca que une o mundo, a nível europeu mas também no contacto comercial com a América Latina e África, o conhecimento de línguas como o francês, espanhol ou alemão é atualmente uma mais-valia para quem investe no mercado além fronteiras.
É por isso do total interesse das empresas apostar na formação de línguas dos seus colaboradores, para potenciar ao máximo as oportunidades de negócio com parceiros internacionais.